É comum dizer que nunca é tarde para começar a investir e a aprender a lidar com dinheiro. E isso mostra o quando os brasileiros são negligentes em relação à segurança financeira. Talvez isso seja fruto de um modelo escolar preocupado exclusivamente com disciplinas tradicionais, como língua portuguesa e matemática, mas que não avança para as questões práticas da vida: poupar, empreender, relações interpessoais, superação de problemas. A educação financeira acaba sendo responsabilidade exclusiva dos pais. Será que eles estão preparados para essa missão?

Você já deve ter ouvido falar na “geração nem nem”, ou seja, jovens adultos que nem trabalham e nem estudam. É provável que tenha lido reportagens sobre filhos trintões ou quarentões que ainda moram na casa dos pais, que estão envelhecendo sem construir um patrimônio. Para que as suas crianças, daqui a alguns anos, não repitam esse comportamento, é hora de dedicar seus esforços à educação financeira delas. Veja algumas dicas de como ensinar seus filhos a ter uma relação responsável com o dinheiro.

1 – A educação financeira começa pelo cofrinho!

O bom e velho cofrinho é uma estratégia excelente para ensinar a poupar. Dê um porquinho, algumas moedas e notas, e crie, junto com a criança, um objetivo. Pode ser juntar dinheiro para um passeio ou um brinquedo. É importante que o montante seja acumulado aos poucos, para que ela aprenda a ter paciência e entenda que investimentos são rentáveis a longo prazo.

2 – Crianças maiores devem ganhar mesada!

Semanada, quinzenada ou mesada, tanto faz. A partir dos 10 anos de idade, você pode determinar um valor semanal, quinzenal ou mensal para dar ao seu filho. Mas explique que ele só receberá o dinheiro na data estipulada e que a quantia precisa durar até o novo pagamento. Se gastar tudo antes da hora, azar dele. Você não pode ter pena e liberar um dinheiro extra. O objetivo da educação financeira é replicar a experiência da vida adulta: as contas devem caber no salário e precisa sobrar alguma quantia até o próximo pagamento.

3 – Despesas e receitas!

Seu filho precisa começar a anotar todas as saídas e entradas de dinheiro. Especificar como cada Real foi gasto, mesmo que seja em um chiclete. Assim, ao fim do mês, poderá ter uma visão geral dos gastos distribuída por doces, lanches, revistas, bijuterias, cinema. Sente com ele para fazer esse cálculo e o estimule a refletir sobre quais despesas foram supérfluas, ou seja, mostre quando dinheiro ele poderia ter poupado.

4 – Estimule o empreendedorismo

Em países como os Estados Unidos, é muito comum que as crianças façam cookies e limonada e montem bancas na calçada para vender os produtos aos vizinhos. Ou se ofereçam para cortar a grama ou pintar uma cerca em troca de uma contribuição financeira. É na infância que se aprende a importância de ganhar o próprio dinheiro. Esse pode ser o começo de uma vida como empreendedor. Ensine a calcular o custo do produto (matéria-prima, energia elétrica, logística, mão de obra), a estipular uma margem de lucro e técnicas para vender. Seu filho será um adulto com uma capacidade enorme de enxergar oportunidades e depender de si mesmo para construir um patrimônio.

5 – Aplicações financeiras

Faça um plano de previdência privada para o seu filho e se organize para investir uma quantia mensal. E faça esse aporte sempre na companhia dele. Explique quanto o dinheiro está rendendo e qual será o valor acumulado ao longo dos anos. Por exemplo, num PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre), com um investimento mensal de R$ 330,00, e um rendimento de 6% a.a., ele terá R$ 635 mil em 40 anos. Você pode abrir o plano quando seu filho nascer, começar a explicar o que está fazendo quando ele tiver uns 8 ou 9 anos e, deixar que ele assuma os aportes após sair da faculdade. Quanto mais poupar, mais dinheiro terá numa fase da vida em que ainda será jovem e poderá usar o investimento para realizar um grande sonho.

Meu Futuro Com Você ajuda na educação financeira

No Meu Futuro Com Você, temos um simulador de investimentos. Basta clicar aqui, responder algumas perguntas e, em poucos minutos, você saberá o que é mais recomendado para o seu perfil. Faça essa experiência junto com seu filho. São menos de 5 minutos para ter um diagnóstico completo.

Aproveite para ler outros dois artigos aqui do blog que vão contribuir com a educação financeira tanto de crianças quanto adultos: aprenda a melhorar as finanças pessoais e veja como segurança financeira gera qualidade de vida.