Antes de entrar a fundo no tema, vamos esclarecer o que é um seguro resgatável. Como o nome leva a deduzir, a modalidade possibilita que parte do valor investido, ou todo ele, seja recuperada em vida, independentemente de falecimento, doenças graves ou acidentes que levem à situação de invalidez.

Ou seja, ao mesmo tempo em que a apólice pode gerar uma indenização caso algum imprevisto ocorra, o valor pago pode ser resgatado a qualquer momento, respeitado o período mínimo de carência estabelecido no contrato (quase sempre, dois anos).

A possibilidade de resgate atraiu muita gente. Enquanto os seguros de pessoas cresceram 3,8% entre os dois primeiros meses do ano passado, no mesmo período os seguros de vida resgatáveis registraram um aumento quase dez vezes maior, de 37,3%, segundo a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi).

No Seguro Resgatável, parte do valor pago mensalmente cobre o “risco” de morte e outras coberturas contratadas. E outra parte é aplicada em uma reserva financeira. O que leva algumas pessoas a compará-lo com uma forma de investimento. Mas o rendimento, neste caso, está mais para atualização monetária.

A rentabilidade dessa aplicação é dada com base no cálculo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no Brasil, somado a uma taxa de 3% ao ano (essa taxa pode variar de acordo com o contrato).

Mas nem tudo são flores. Portanto, é preciso analisar direitinho se o seguro resgatável é o que melhor lhe atende. No decorrer deste artigo, vamos apresentar as principais características desta modalidade, além das suas vantagens e desvantagens. Mas a qualquer momento você pode nos enviar sua dúvida: basta clicar aqui.

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Modalidades de Seguro Resgatável: quais são elas?

O Seguro Resgatável pode ser por prazo determinado ou vitalício. Na primeira opção, por prazo determinado, quando há uma data de validade para o contrato, o segurado paga as mensalidades e seus beneficiários ficam protegidos. Mas, no final do prazo, o segurado recebe de volta o valor pré-acordado em contrato. Neste caso, encerra-se a proteção do seguro.

Já no caso do prazo vitalício, a apólice é válida até que seja feito o resgate. E o resgate pode ser feito a qualquer momento, respeitado aquele prazo de carência que, geralmente, é de dois anos.

Seguro Resgatável: veja quais são as vantagens!

Como vimos, o Seguro Resgatável é muito atraente, pois possibilita o resgate do valor ainda em vida. Mas, como vamos demonstrar na sequência, ele nem sempre será a melhor opção. Entenda o porquê analisando as vantagens e as desvantagens desta modalidade de seguro.

1 – Reajuste da mensalidade pelo índice da inflação: diferentemente dos seguros tradicionais, no caso do Seguro Resgatável, não há um aumento quando o segurado atinge uma determinada faixa de idade ou quando tem alguma alteração no perfil, passando a exercer uma profissão considerada mais perigosa, por exemplo.

O valor fixado no momento do contrato será mantido por toda a vigência do seguro, sofrendo apenas reajustes baseados na inflação.

Portanto, quanto mais cedo ingressar nesta modalidade de seguro, mais vantajoso, uma vez que o valor calculado na contratação de um seguro varia de acordo com a idade, aumentando cada vez mais.

2 – Rentabilidade: o valor pago é atualizado de acordo com a inflação vigente no país, além de receber o acréscimo dos valores relacionados à rentabilidade obtida no período, de acordo com taxas estabelecidas na apólice (em regra, 3%).

3 – Retorno: caso o segurado precise, ou deseje, o valor pode ser resgatado, a qualquer momento, respeitado o prazo de carência.

PROTEÇÃO FINANCEIRA FUTURO

Agora é hora de conhecer as desvantagens do Seguro Resgatável!

1 – Valor da mensalidade: o custo costuma ser mais alto que o seguro tradicional. Mas isso dependente muito, principalmente se colocar na linha do tempo o seguro “tradicional” versus o resgatável. Por isso, o interessado deve fazer uma boa reflexão se a despesa cabe no orçamento. Calcule da seguinte maneira: se o valor pago anualmente ultrapassar 6% da sua renda líquida anual ou 1% do seu patrimônio bruto (quando não há geração de renda), essa modalidade pode não ser a ideal.

2 – Carência: o segurado precisa esperar, no mínimo, dois anos para poder efetuar algum resgate.

O resgate deve ser utilizado em casos de emergência, e não como retorno financeiro!

Apesar do Seguro Resgatável se assemelhar muito com um investimento, ele não pode ser considerado um.

O Seguro Resgatável tem uma atualização monetária anual baseada no índice de inflação IPCA. Existe uma curva do resgate dos valores pagos quando ele ocorre antes do prazo de quitação. O que pode provocar uma perda financeira.

Portanto, se a ideia é contar com o dinheiro a ser resgatado, talvez esta não seja a melhor opção. O resgate é um plus, para ser utilizado em caso de emergência real, não como retorno financeiro.

Ao tomar sua decisão, é necessário atentar para o seu objetivo. O seguro visa a proteção econômica e financeira do segurado e de sua família, em caso de imprevistos onde o segurado venha a faltar, como falecimento ou invalidez.  

A reserva de emergência também tem como objetivo suprir necessidades e imprevistos. Mas é importante que ela tenha liquidez, ou seja, que o valor possa ser resgatado com facilidade.

E a previdência privada é um investimento que tem como principal característica ser um complemento à previdência pública, mas pode atender outros objetivos também, como pagar a faculdade dos filhos, ou uma viagem.

PROTEÇÃO FINANCEIRA FUTURO

Na ponta do lápis

Conclui-se, portanto, que, apesar do Seguro Resgatável poder ser utilizado como uma reserva financeira para momentos de urgência, não é a melhor opção para quem busca complementar a aposentadoria. Nem mesmo no caso de você  já ter um destino para o dinheiro, como poupar para uma viagem. Neste caso, um investimento, provavelmente, dará mais retorno financeiro.

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No seu lugar, ficaríamos logo com um seguro e com uma previdência. São produtos distintos e ambos são muito necessários.

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Aguardamos seu contato.

Até breve!